terça-feira, 9 de junho de 2009

TRANSPLANTE DE CABELOS PARTE 2



Nas áreas acometidas foram colocados enxertos de pele de couro cabeludo para se observar o comportamento destes após um periodo minimo de um ano. O termo dominancia doadora foi introduzido para os enxertos que mantiveram sua integridade e caracteristica após o transplante, e o termo dominancia receptora para aqueles que desenvolveram as caracteristicas do local em que foram colocados. Orentreich observou que, nos casos de alopecia inicial androgenetica, alopecia areata e alopecia cicatricial, manifestou-se o fenomeno de dominancia, no caso de nervo piloso. observou-se uma reação queloideana, nos casos de vitiligo, manifestou-se o fenomeno de dominancia receptora e, no caso de psoriase, desenvolveu-se uma resposta isomorfica ( fenomeno de koebner). Em capitulo escrito pelo autor, em Unger(1995), é relatado que os pacientes de AAG continuavam a apresentar crescimento normal dos locais transplantados.
A partir destes conceitos estabelecidos por Orentreich, ocorreram muitos avanços no sentido de se aperfeiçoar a técnica cirurgica e de se obter um melhor resultado cosmetico. Em 1969,Tezel descrevel os punchs motorizados para a obtenção do orificio da área receptora;Em 1979, Orentreich descreve o uso punchs pequenos e circulares para a obtenção de uma linha frontal de melhor aspecto cosmetico, em 1974, Harri, Obmori & Obmori descreveram o uso de retalhos pariento-occipitais; em 1976. Blanchard& Blanchard descrevem a redução cirurgica da área doadora, o qual diminui o tempo da cicatrização, no inicio da decada de 1980, varios autores propuseram a discurssão dos tamanhos de enxertos a serem utilizados, como se segue:

TRANSPLANTE DE CABELOS


A busca por uma resolução cirurgica da calvicie vem desde séculos passados. Em 1822, na cidade de Wurzburg, Alemanha, j , Dieffenbach publicou tese de doutorado, na qual descreve uma investigação de autotransplante em animais, usando penas de ganso para criar orificios nos quais se introduziria os enxertos, mostrando tratar-se de uma tecnica viavel. Quase um século depois, alguns artigos são publicados esporadicamente na literatura médica da Alemanha, Inglaterra, França e Japão, todos descrevendo o sucesso da transposição de enxertos maiores e retalhos pediculados de pele. Em 1939, o autor Japones Okuda descreveu o uso de pequenos enxertos circulares de pele com foliculos piloso para a correção de alopecia cicatriciais em couro cabeludo, pubis e região do labio superior (bigode). Okuda desenvolveu pequenas aseringas de metal com diametro de 2 a 4 mm para colher os enxertos e criar orificios nas áreas doadoras. Seu trabalho foi realizado com sucesso em 200 pacientes, porem não foram incluidos casos de alopecia androgenetica. Em 1943, Tamura, tambem do Japão, desscreveu a reconstrução pilosa da região pubiana com a utilização de finos enxertos contendo foliculos pilosos. Em 1953, o autor Japones Fujita reporta a reconstrução de sobrancelhas em pacientes portadores de hanseniase com a utilização de enxertos de pele contendo de dois a dez pelos. O autor utilizou a mesma técnica para tratar alopecia areata, ausencia de pelos pubianos, cicatrizes cirurgicas em areas pilosas, além de alopecias causadas por quemaduras e por radioterapia. Cabe-nos aqui reparar uma injustiça, pois estes autores,por não terem conseguido publicar seus trabalhos em revistas de maior abrangencia, acabaram por não terem tido o reconhecimento que lhes seria adequado.
Foi, porem, em 1959 que Orentreich descreveu as bases do transplante de cabelos. Em estudos que se iniciaram no inicio da decada de 1950 com a coloração de enxertos de pele de couro cabeludo em áreas de vitiligo, o autor notou que nos locais em que estes enxertos foram inseridos havia crescimento de pêlos. A partir destas observações, o autor realizou estudo em que foram incluidos 68 pacientes, sendo 52 com alopecia inicial ( androgenetica), nove com alopecia areata, três com alopecia cicatricial, um com nervo piloso, um com psoriase e dois com vitiligo.